ranzinza

ranzinza

domingo, 23 de fevereiro de 2020

24/02 /2020


Acho que nunca teve um espaço de tempo tão grande sem postagens aqui. Existe um motivo pra isso, e um motivo porquê voltei a escrever:

Estava olhando uma das últimas postagens, quando estava escrevendo da casa do Alisson, nos dias que estava fazendo o concurso pra dar aula na UTFPR Curitiba. Eu não passei no concurso, de fato, no resultado final estava escrito Lucas, não Diego. Acontece que em dez de fevereiro de 2019 (um ano e catorze dias atrás) vim morar em Curitiba mesmo assim. Passei todo janeiro de 2019 na casa da Allana aqui, e consegui um apê muito bom (piscina no condomínio) e viemos. Nossos custos aqui não seriam muito mais altos do que tínhamos em Pato, o aluguel daqui e o condomínio deveriam sair cerca de R$150,00 a mais, mas meu grande desafio seria conseguir trabalhar aqui. Era a minha angustia. Mas eu já vim inscrito no PSS e com todos os docs prontos e no dia 15 de fevereiro saiu convocação, no dia 16 eu fui ao núcleo de educação daqui e peguei aulas em duas escolas do centro. Acontece que a mãe sempre fala que eu nasci com o cu virado pra lua, de fato, foi um parto difícil porque eu estava com a bunda onde deveria estar a cabeça pra eu nascer, ela diz que eu não queria nascer: no dia 17 recebi a ligação da coordenadora do curso de Letras Inglês da UTFPR aqui de Curitiba (a Malu), pedindo se eu estava morando aqui em Curitiba e se eu poderia assumir o concurso que eu havia feito seis meses atrás, porque o Lucas desistiu (conseguiu um trabalho na PUC ou na Positivo). 
Então passei 2019 de maneira muito agradável, com uma vida totalmente nova, na capital, com um namoro sólido (moro a umas  oito quadras da Allana) com um salário muito bom (R$4200,00), com um trabalho muito agradável de professor na universidade. Nos último meses consegui me entrosar com um pessoal que joga basquete aqui no bairro e agora faço parte do time deles, o STORM, e em 2020 vou jogar alguns campeonatos com eles. 
Eu posso ficar o máximo de dois anos nesse cargo de professor substituto, depois tenho dois anos de carência, nesse tempo não posso assumir esse cargo. Acontece que meu contrato é renovado a cada seis meses e no segundo semestre de 2019 o Bolsonaro baixou um decreto cortando todo tipo de gasto das universidades, inclusive com professores substitutos e meu contrato não seria renovado. Foi um momento bem tenso pra mim, achei que o sonho viraria pesadelo, mas três semanas depois o senado derrubou o decreto, e fui renovado. Espero ficar até o fim deste ano.
Desenvolvi uma rotina agradável em 2019. Apesar de que morar com a mãe é algo que me amargura, e minha relação com a Allana tem limites demais. Ainda estou em fase de adaptação com a cidade, acho ela triste, cinza, mais suja e mais vazia (apesar dos ônibus enormes sempre cheios e as ruas sempre movimentadas). Não sei ao certo onde as coisas ficam e qual a lógica dos bairros e direções. Aqui a vida é muito  mais baseada em dinheiro, restaurantes, transporte, etc., e também não tenho amigos com quem eu possa dar um giro simples. Isso faz eu sentir um isolamento muitas vezes, como agora, que resolvi escrever.
Grabde parte da minha vida aqui diz respeito à Allana e a vida dela gira em torno da mãe e do Tê. Eu gosto deles, mas as vezes fico saturado da presença e da proatividade deles na minha/nossa vida. Sempre fazem muitas viagens e tem muitos planos para os fins de semana. 2019 fui com eles pra muitos lugares (Santos, Floripa, e outros) e agora no carnaval eles foram pra São Bernardo e eu resolvi ficar em casa. Acabou que tudo se assentou e resolvi escrever. Eu gostaria de manter o blog mais como um diário, afinal, há vários momentos em que faço o mundo parar de girar ao redor de mim, geralmente medito, mas aqui em Curitiba não tenho conseguido meditar muito. Talvez escrever aqui me ajude. Fui em três sessões de terapia pelo SUS, estava gostando, mas era sempre muito cedo (7:30 da manhã) e abandonei. Existem outros momentos da minha vida que eu quis voltar a escrever sobre mim, como fiz dos catorze ao dezoito anos. Quando decidi acabar meu namoro com a Gabriela comprei um caderno amarelo e escrevi muita coisa lá, mas não desenvolveu, talvez por esse blog estar online eu sinta que ele existe de verdade, que seu sinal está verde, conectado.
[Família]
[pensamento constante com morte]
[planos 2020]
[namoro]
[exercícios físicos]

Meu corpo, novembro


Uma manhã que levei a mãe pegar um ônibus para ir a Joinville. Aí é entre a Orleans e o Barigui

Começo da manhã. Vista da saída do condomínio

Terceiro andar da UTFPR, rampa de acesso sobre a rua sete de setembro.

Em uma das manifestações contra o governo

Saída do prédio, começo de alguma manhã

Torre da TELEPAR. Fui com Rodrigo, Kelma, Lê e mãe na metade do ano.



ZYiad, aluno do PFOL. Sírio. 

Meu aniversário. no Italy.

Fim do segundo semestre. Turma avançada do PFOL


Na UNILIVRE. Quando fizemos o passeio de ônibus de turismo


Quando consegui fazer esse trem de parada de antebraço

Mohammad. Aluno jordânio.

No Qceviche. Eu e Allana nos viciamos nesse restaurante por uns dias. 

Galeão Dourado. Barco pirata de floripa. Ganhei uma caipirinha em um concurso de dança porque eu era parecido com Jesus.

Meu aniversário.