Acho que nunca teve um espaço de tempo tão grande sem postagens
aqui. Existe um motivo pra isso, e um motivo porquê voltei a escrever:
Estava olhando uma das últimas postagens,
quando estava escrevendo da casa do Alisson, nos dias que estava fazendo o
concurso pra dar aula na UTFPR Curitiba. Eu não passei no concurso, de fato, no
resultado final estava escrito Lucas, não Diego. Acontece que em dez de
fevereiro de 2019 (um ano e catorze dias atrás) vim morar em Curitiba mesmo
assim. Passei todo janeiro de 2019 na casa da Allana aqui, e consegui um apê
muito bom (piscina no condomínio) e viemos. Nossos custos aqui não seriam muito
mais altos do que tínhamos em Pato, o aluguel daqui e o condomínio deveriam
sair cerca de R$150,00 a mais, mas meu grande desafio seria conseguir trabalhar
aqui. Era a minha angustia. Mas eu já vim inscrito no PSS e com todos os docs
prontos e no dia 15 de fevereiro saiu convocação, no dia 16 eu fui ao núcleo de
educação daqui e peguei aulas em duas escolas do centro. Acontece que a mãe
sempre fala que eu nasci com o cu virado pra lua, de fato, foi um parto difícil
porque eu estava com a bunda onde deveria estar a cabeça pra eu nascer, ela diz
que eu não queria nascer: no dia 17 recebi a ligação da coordenadora do curso
de Letras Inglês da UTFPR aqui de Curitiba (a Malu), pedindo se eu estava
morando aqui em Curitiba e se eu poderia assumir o concurso que eu havia feito
seis meses atrás, porque o Lucas desistiu (conseguiu um trabalho na PUC ou na
Positivo).
Então passei 2019 de maneira muito agradável,
com uma vida totalmente nova, na capital, com um namoro sólido (moro a umas
oito quadras da Allana) com um salário muito bom (R$4200,00), com um trabalho muito
agradável de professor na universidade. Nos último meses consegui me entrosar
com um pessoal que joga basquete aqui no bairro e agora faço parte do time
deles, o STORM, e em 2020 vou jogar alguns campeonatos com eles.
Eu posso ficar o máximo de dois anos nesse
cargo de professor substituto, depois tenho dois anos de carência, nesse tempo não posso
assumir esse cargo. Acontece que meu contrato é
renovado a cada seis meses e no segundo semestre de 2019 o Bolsonaro baixou um
decreto cortando todo tipo de gasto das universidades, inclusive com
professores substitutos e meu contrato não seria renovado. Foi um momento bem
tenso pra mim, achei que o sonho viraria pesadelo, mas três semanas depois o
senado derrubou o decreto, e fui renovado. Espero ficar até o fim deste ano.
Desenvolvi uma rotina agradável em 2019. Apesar de que morar com a mãe é
algo que me amargura, e minha relação com a Allana tem limites demais. Ainda
estou em fase de adaptação com a cidade, acho ela triste, cinza, mais suja e
mais vazia (apesar dos ônibus enormes sempre cheios e as ruas sempre
movimentadas). Não sei ao certo onde as coisas ficam e qual a lógica dos
bairros e direções. Aqui a vida é muito
mais baseada em dinheiro, restaurantes, transporte, etc., e também não
tenho amigos com quem eu possa dar um giro simples. Isso faz eu sentir um
isolamento muitas vezes, como agora, que resolvi escrever.
Grabde parte da minha vida aqui diz respeito à Allana e a vida dela gira em
torno da mãe e do Tê. Eu gosto deles, mas as vezes fico saturado da presença e
da proatividade deles na minha/nossa vida. Sempre fazem muitas viagens e tem
muitos planos para os fins de semana. 2019 fui com eles pra muitos lugares
(Santos, Floripa, e outros) e agora no carnaval eles foram pra São Bernardo e
eu resolvi ficar em casa. Acabou que tudo se assentou e resolvi escrever. Eu gostaria
de manter o blog mais como um diário, afinal, há vários momentos em que faço o
mundo parar de girar ao redor de mim, geralmente medito, mas aqui em Curitiba não
tenho conseguido meditar muito. Talvez escrever aqui me ajude. Fui em três
sessões de terapia pelo SUS, estava gostando, mas era sempre muito cedo (7:30
da manhã) e abandonei. Existem outros momentos da minha vida que eu quis voltar
a escrever sobre mim, como fiz dos catorze ao dezoito anos. Quando decidi
acabar meu namoro com a Gabriela comprei um caderno amarelo e escrevi muita
coisa lá, mas não desenvolveu, talvez por esse blog estar online eu sinta que
ele existe de verdade, que seu sinal está verde, conectado.
[Família]
[pensamento constante com morte]
[planos 2020]
[namoro]
[exercícios físicos]
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Meu corpo, novembro |
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Uma manhã que levei a mãe pegar um ônibus para ir a Joinville. Aí é entre a Orleans e o Barigui |
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Começo da manhã. Vista da saída do condomínio |
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Terceiro andar da UTFPR, rampa de acesso sobre a rua sete de setembro. |
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Em uma das manifestações contra o governo |
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Saída do prédio, começo de alguma manhã |
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Torre da TELEPAR. Fui com Rodrigo, Kelma, Lê e mãe na metade do ano. |
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ZYiad, aluno do PFOL. Sírio. |
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Meu aniversário. no Italy. |
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Fim do segundo semestre. Turma avançada do PFOL |
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Na UNILIVRE. Quando fizemos o passeio de ônibus de turismo |
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Quando consegui fazer esse trem de parada de antebraço |
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Mohammad. Aluno jordânio. |
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No Qceviche. Eu e Allana nos viciamos nesse restaurante por uns dias. |
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Galeão Dourado. Barco pirata de floripa. Ganhei uma caipirinha em um concurso de dança porque eu era parecido com Jesus. |
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Meu aniversário. |