ranzinza

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domingo, 15 de agosto de 2010

Sua violência controla a minha violência


Fui feito muito mais selvagem do que me apresento,
eu mentia, brigava, chorava e gritava por um fandangos,
hoje é tudo burocracia e educação.
Conforme aprendo a linguagem polida desses homens velhos e assustados,
deixo de ser o selvagem berrante e ensangüentado que era, e toda a recusa de refletir sobre quem sou eu, me Leva a crer que estou certo,
enquanto esse trajeto decadente de coração palpitante, não é senão esculpir um epitáfio, e que seja mesmo desespero esse ponto de vista, pois ao contrário do selvagem que eu nasci, é calado que eu vou morrer, e o pior: engravatado.
Que essa educação e bons modos insinuados pelos sinos da igreja contradigam o selvagem que deus me cuspiu, e fique clara a farsa que é esse mundo de sorrisos e enganação, pois é de estomago na boca que existimos, e da minha violência controlando a sua que funcionamos, enfim, que eu viva como um monstro, ao invés de morrer como um homem bom.

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