ranzinza

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

O amor não é pra sempre!




Outro dia, por mais de uma aula, tive que aturar a ladainha de um professor assinando embaixo das palavras do Shakespeare que diziam que o amor existe por si só, sempre existiu e sempre existirá.
Permitam-me duas coisas: lembrar que historicamente a Europa sempre influenciou a America, colonizadores sempre colocaram as botinas na cabeça dos colonizados, e permitam-me lembrar também que Shakespeare, enquanto artista, esteve colocado no cerne da cultura e influenciava, assim, o pensamento e postura de qualquer cidadão; duas permissões que vocês me deram, que me levam á conclusão que um professor brasileiro, de literatura em nível universitário concordando com o que Shakespeare dizia não é algo para se espantar, isso se eu fosse um retardado e não percebesse que se o amor tivesse sempre existido, dinossauros, bactérias e pedras seriam capazes de amar, e tampouco a nossa servidão (ao menos cultural) a Europa acabou, como o que Shakespeare escreveu sobre o amor, foi escrito antes da revolução industrial, da invenção das máquinas, quando ainda acreditava-se ser o ser humano uma espécie eterna, hoje, busca-se freneticamente o desenvolvimento sustentável e a manutenção dessa nossa espécie, que inventou o amor.
Permitam-me, dois ou três leitores, na minha posição de aluno de professor fã de Shakespeare, aqui no subúrbio do interior do meu país sul americano desconstruir a afirmação desse grande poeta inglês, e lhes dizer que não só o homem não é pra sempre, como também não é o amor.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

As coisas mais importantes eu pego com a mão esquerda

Assim como eu tenho dois olhos,
Dois braços e duas metades do coração,
Toda a minha anatomia se divide igualmente,
Simples,
Já meu cérebro, Coisa aparte de todo o meu resto,
Me carrega por valetas das quais não posso fugir,
Por isso de multiplas escolhas cotidianas de coisas,
Seleciono, até o dilema das duas últimas,
E as coisas mais importantes pra mim, eu pego com a mão esquerda