“’Estava calor aquela tarde e o vizinho da
frente escutava aquela música chamada “My girl”, quando eu abri a porta do meu
apartamento e dei de cara com a minha mãe morta. Caída no carpete da sala toda
vomitada. Não, não era 1950, Eu sei que vocês tem a imaginação coletiva cinematográfica
seus idiotas, era 2017.’ Era o trecho que estava grifado, bem na página que
ele abriu aleatoriamente, do livro que ele escolheu também aleatoriamente, na
estante da biblioteca pública naquela tarde tediosa. Fechou o livro no mesmo
instante e fez o empréstimo para quinze dias.” A gente gosta de ler, na
verdade, coisas que lêem a gente. Essas coisas – bons livros, boas músicas,
boas pessoas – tornam a gente especial e nos ajudam a lidar com a nossa própria
desgraça.
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